Arte Conceitual, o que pode ser isso?
A arte conceitual, na sua gênese, foi feita para criticar toda uma indústria cultural que vigorava e ainda vigora, basicamente utilizando o que sempre existiu na arte, que é o conceito, a idéia. Se não fosse assim, Leonardo da Vinci não teria dito que a arte era algo intelectual. Muitos defendem até hoje que a arte deve ser algo puramente material e visual, mas há os que querem conceito. O único problema, como quase toda arte moderna fez e os remanescentes querem fazer hoje em dia, é destacar algo que já existia e o desseca, destrincha e depois a destrói e diz que fez algo novo, que descobriu novos métodos. Na verdade todos os itens que a arte moderna tentou aflorar e dissecar, já existiam. O conceito sempre existiu, desde os primórdios.O homem da caverna, ao desenhar um bizonte, lá já existia o conceito e a idéia. Mais tarde, com os gregos, a mitologia era colocada em razão, então todo o conceito era aprofundado, eles traziam os Deuses à vida e os tornavam parte do mundo real, na forma de estátuas. E sempre foi assim, o conceito sempre existiu, se não tudo seria puramente artístico, onde só as coisas abstratas fossem levadas em consideração. Até então o Modernismo, principalmente por Picasso, que arruma a figura e a configura de forma diferente, mas prestem atenção, a forma sempre existiu, ela vincula o conceito. Então Picasso ofuscou na arte o conceito, deixando o conteúdo estético mais forte, mas ele não foi o gerador dessa assim por dizer, morte do conceito na arte. O conceito sempre foi algo menos relevante na arte, para os artistas é claro, mas para o público isso tem grande importância. É claro, sempre há códigos a serem traduzidos dentro de uma comunicação, se o receptor não entende o conteúdo, talvez não entenda os códigos existentes na mensagem. E talvez o público necessitasse de tempo e de algum conhecimento artístico para entender o que se passa diante de seus olhos. Talvez fora isso que os artistas quiseram um dia, tentar fazer com que o público domesticasse a visão deles, com algo puramente abstrato, e depois com algo puramente conceitual.
A arte conceitual busca criticar a indústria do mercado de arte e a sociedade dentro de seus conceitos e filosofias, mas acima de tudo, tentam fazer com que o trabalho surja dentro da mente do expectador, que a imaginação dele funcione, por isso muitos textos, e objetos cotidianos, algo que force o expectador a usar a imaginação. E isso já era feito por muitos artistas quando usam o mistério, não deixam as coisas muito evidentes. Os ready-mades na verdade sempre existiram, eles foi inspirado pelas naturezas mortas, só que antes precisavam de uma representação, hoje os objetos são colocado puramente na sua frente. Os aspectos, tanto o Abstrato e o conceitual foram separados, ou tentaram separar, mas mesmo quando alguém faz uma instalação, ele está mexendo com o lado abstrato, pois precisou organizar aquilo no espaço, agora físico.
A Arte conceitual é apenas algo inevitável, e se não existisse agente não poderia rir, digo, ela é algo que transcendeu da representação para a materialização física e real do problema, ou totalmente conceitual, como os textos do Art Language. Na verdade não existe mais isso de arte conceitual, busca-se agora não definir os trabalhos, até porque não tem como.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi Gui
Só voltei a olhar teu blog hoje, por que parou de publicar? Estava indo bem, postando suas opiões, se arriscando. Continue escrevendo.

Beijinhos
Jaque Jacques